
Vivemos em uma época onde as pessoas perderam a sua ânsia por saber, compreender. Ninguém mais questiona nada, apenas aceita, engole o que lhe é oferecido como “verdade”. Será comodismo? Acho que vai mais além disso, é aceitação sem critérios e um defeito no funcionamento do cérebro, dificuldade de compreensão e de linguagem.
O espírito filosófico não se faz mais presente em nossa sociedade, a racionalidade é algo para “loucos”, pois é assim que são vistos todos aqueles que questionam a informação, a forma de vida, a injustiça, o pensamento humano e seu comportamento. Por que cada pessoa age de uma determinada forma?
A resposta parece simples, poderíamos dizer que cada criatura tem a sua forma de pensamento, conduzido por motivos culturais, mas será só isso? O que mais incomoda nisso tudo, é o fato de acharem que são livres e pensam por si só, mas o que se vê é pensamento coletivo, pensamento massificado, senso comum. Este senso comum é por indução ou apenas por uma opinião geral sobre determinado assunto?
No entanto, para aqueles que se perguntam, que questionam a resposta é clara e se chega a conclusão de que a sociedade é induzida a agir conforme um pensamento comum. O comportamento é massificado, a aceitação é cômoda, podemos identificar o senso comum em vários setores. A música tem um poder que poucos veículos podem ter, mas hoje, a música mais vendida, é justamente aquela que não diz nada, explora estereótipos e não incitam nenhuma reflexão. Talvez seja reflexo dessa sociedade, ou não?
Os humorísticos são sexistas e não me fazem dar risada, a informação é mastigada e opinativa, não pode me fazer pensar. As perguntas que mais se ouvem são de cunho pessoal e não existencial. Será que eu sou um peixe fora d’água nesse oceano de falta de ação? Me sinto encurralado se eu não perguntar.
Gostaria muito de ser mais um “Homer Simpson”, sentar em meu sofá em frente a televisão, com uma latinha de cerveja na mão, assistir a programação descendo redonda, desenvolvendo a minha região abdominal e a minha falsa ilusão de consciência, mas sinceramente eu não consigo, preciso questionar. Portanto, te questiono: Te cansa pensar?
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